Catanduva é selecionada para rede de cidades paulistas comprometidas com trânsito seguro

Catanduva foi selecionada para integrar a Ruas Completas SP, uma rede de cidades paulistas comprometidas com ações para reduzir mortes e lesões no trânsito. A iniciativa vai oferecer, nos próximos cinco anos, apoio técnico a projetos, ações e estratégias de segurança viária de 20 cidades no estado de São Paulo. Ao entrar na rede, Catanduva assume o compromisso com o aumento da segurança viária. Para tanto, contará com apoio específico e capacitações oferecidas pelas organizações que lideram a rede – WRI Brasil, Vital Strategies, Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Instituto Cordial e Respeito à Vida (Detran-SP).

“Iniciamos o ano com diversas ações no trânsito. O nosso objetivo é promover a segurança de motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres da nossa cidade. Durante o Maio Amarelo, temos diferentes atividades para despertar o uso de medidas simples que fazem toda a diferença, como a mobilização na Feira Livre Itinerante com um cenário de acidente, orientação em pontos de concentração de pessoas e outras atividades previstas não só para Maio, como para o ano todo”, destaca a secretária de Trânsito, Maria Cristina Machado.

A rede é parte da Iniciativa Bloomberg para Segurança Global no Trânsito, que de 2021 a 2025 apoiará ações para a segurança viária no estado de São Paulo. Realizado em reunião do Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana, o anúncio ocorre em pleno Maio Amarelo, mês que chama atenção para a urgência de ações pela segurança no trânsito em todo o mundo.

Vinte cidades juntas pela segurança viária

Catanduva integra a rede ao lado de outros centros urbanos médios e grandes. São eles: Araraquara, Bauru, Bebedouro, Campinas, Campos do Jordão, Capão Bonito, Diadema, Francisco Morato, Guarulhos, Jacareí, Jundiaí, Limeira, Piracicaba, Registro, Ribeirão Pires, Ribeirão Preto, Santo André, São José do Rio Preto e São José dos Campos. “São cidades com diferentes perfis, mas com desafios em comum. Ao trabalharem em rede por um mesmo objetivo, podem compartilhar processos e aprendizados e avançarem juntas, gerando resultados positivos e influenciando outras cidades no estado de São Paulo e no restante do país”, explica Diogo Lemos, analista sênior de mobilidade ativa do WRI Brasil, organização responsável pela formação e coordenação da rede.

As cidades contarão com capacitações e apoio técnico a projetos com base na abordagem de sistemas seguros, que parte da premissa de que lesões e mortes no trânsito são evitáveis – e de que a responsabilidade é compartilhada entre quem utiliza as vias e quem projeta e implementa o espaço viário.

“A rede de cidades paulistas chega para fortalecer o sistema viário, com ações práticas e objetivas para que as gestões municipais possam avançar com base em dados e evidências internacionais do que traz resultados efetivos para a segurança no trânsito. A velocidade é o principal fator de risco para ocorrência de sinistros de trânsito, segundo a Organização Mundial de Saúde, e o desenho das vias é uma das formas de se fazer a gestão das velocidades para a segurança”, reforça o diretor executivo da Vital Strategies no Brasil, Pedro de Paula.

Desenho seguro e prioridade ao transporte ativo

É neste aspecto que a rede Ruas Completas SP vai concentrar sua atuação. O conceito de ruas completas foi criado para mostrar a importância de se projetar as ruas com foco na segurança e no conforto de todas as pessoas, priorizando usuários de modos ativos como caminhada e bicicleta. Entre 2017 e 2020, o WRI Brasil e a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) trabalharam com uma rede de ruas completas que envolveu 21 cidades brasileiras e realizou intervenções de ruas completas em nove cidades.

Além do apoio específico às 20 cidades selecionadas, haverá atividades de capacitação abertas às mais de 300 cidades onde o Respeito à Vida está presente.

A seleção das cidades se baseou em critérios como o compromisso com redução de mortes e lesões no trânsito e com a redução das velocidades máximas em vias urbanas, de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Também foram consideradas a priorização dos modos ativos e coletivos e a disponibilidade de dados para o diagnóstico, entre outros fatores.

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