Às 18h45 (horário local de Madellín, 21h45 de Brasília),ao invés da bola rolar para a final da Copa Sul-Americana entre Nacional e Chapecoense, deu-se início a uma celebração de homenagem aos 71 mortos no acidente que ocorrera tão perto dali. A Colômbia mais uma vez parou para celebrar o futebol que tanto venera, mas, na noite desta quarta, não por causa de um gol para ter uma taça, e sim por solidariedade, respeito e compreensão. Velas foram acesas por muitos torcedores e deixaram o cenário mais bonito e reflexivo.
Nesse momento, o exército colombiano rondou o gramado com as bandeiras de todas as nacionalidades que perderam pessoas no acidente. Em seguida, os atletas do Atlético Nacional apareceram no gramado sem chuteiras, mas com flores nas mãos. E após os soldados executarem os hinos da Colômbia e do Brasil, o estádio ganhou novamente ares de uma partida de futebol com os gritos inflamados de “Vamos vamos, Chape”.
Já na parte final da homenagem que durou cerca de 1h45, crianças entraram em campo uniformizadas com as vestimentas de Atlético Nacional e Chapecoense e soltaram 71 balões em homenagem a cada pessoa morta depois da queda do avião contratado pelo clube catarinense. E quando o casal que coordenou a cerimônia desta quarta cantou nome por nome de todos os vitimados, o público atirou ao gramado todas as flores que tinham em mãos. Mais flores caíram dos céus com a ajuda de um helicóptero em meio a leitura de uma carta enviada pelo Papa Francisco e, de novo, o público deu o tom com aplausos efusivos, que se estenderam quando um dirigente da Chape subiu ao palco para receber uma placa dedicatória.