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O primeiro bebê do mundo gestacionado em um útero transplantado de uma doadora morta nasceu na última sexta-feira no Hospital das Clínicas (HC) da faculdade de medicina da USP.
A mulher que recebeu o útero nasceu sem o órgão por conta de uma doença, a síndrome de Rokitansky.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o transplante do órgão, pertencente a uma mulher que teve morte cerebral, ocorreu em setembro de 2016, no próprio HC, em uma cirurgia que durou cerca de dez horas.
A partir daí, iniciou-se a tentativa de engravidar, o que funcionou já na primeira tentativa, com a transferência de embriões, óvulos da mulher transplantada e espermatozoides do marido dela, para o útero. A gestação correu normalmente.
O útero foi retirado após o parto –como é de costume– pois um tratamento de imunossupressão, com utilização de muitos medicamentos e com riscos para a paciente, é necessário para evitar a rejeição do órgão.
Para a escolha da paciente, os pesquisadores brasileiros procuraram uma mulher clinicamente saudável e com óvulos de boa qualidade.
O estudo, que teve como resultados o transplante e a gestação, faz parte de um projeto de pesquisa financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e com apoio do HC.